Reposição hormonal na menopausa: vantagens e desvantagens
A eminente chegada da menopausa, que é o nome dado a última menstruação, é decorrente da queda de produção dos hormônios estrogênio e progesterona. Como essa deficiência provoca efeitos no corpo feminino, como alteração de sono, mudanças de humor e ondas de calor, é comum que ginecologistas indiquem a reposição hormonal a fim de minimizar esses e outros efeitos.
Mas o fato é que a reposição hormonal ainda gera muitas dúvidas. Isso porque, assim como tantos outros tratamentos, essa alternativa conta com vantagens e desvantagens. Então, o melhor caminho é mesmo se informar, ganhar consciência sobre o assunto, para, aí sim, escolher o que é melhor para você!
Reposição hormonal
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pode ser realizada com o uso de estrógenos, progestógenos ou a combinação de ambos, seja na forma de comprimidos, géis ou adesivos.
É preciso destacar que nem todas as mulheres necessitam dessa reposição e, inclusive, há correntes de pesquisas que indicam que a administração desses medicamentos por tempo prolongado deve ser considerada com muita cautela para não acarretar outros danos.
Ao longo deste artigo, apresentaremos as vantagens e desvantagens da reposição hormonal na menopausa.
O que é reposição hormonal
A reposição hormonal é o principal tratamento para controlar os sintomas da menopausa na mulher. Para isso, é utilizado o estrogênio isolado (especialmente para prevenir a osteoporose) ou combinado com progesterona.
Vantagens da reposição hormonal na menopausa
Segundo o Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a Terapia Hormonal na Menopausa (THM) é indicada para:
- Alívio dos sintomas da menopausa;
- Conservação do trofismo vaginal;
- Preservação do osso e da pele;
- Melhora do bem-estar geral;
- Melhora da sexualidade.
Vale destacar que o estrogênio só deve ser usado de forma isolada em mulheres que não possuem útero. Para aquelas com o órgão, o indicado é o uso de progesterona natural ou seus derivados, a fim de proteger o endométrio (que é a parede do útero).
É recomendado, ainda, apenas o uso de hormônios que sejam exatamente iguais aos produzidos naturalmente pelo organismo. E nesse ponto a ciência tem nos ajudado bastante!
Até uns vinte anos atrás, os hormônios usados nesse tipo de terapia eram substâncias parecidas com os hormônios ovarianos, mas não iguais. Só que nos dias de hoje, é diferente. Existem estrogênios e progestógenos iguais aos naturais. Um ganho e tanto para enfrentar melhor a menopausa.
Desvantagens da reposição hormonal na menopausa
No início dos anos 2000, houve um estudo que indicou que a THM poderia ser causadora de casos de câncer e problemas cardiovasculares em mulheres. No entanto, pesquisas posteriores mostraram que não há uma dicotomia quando se trata dos benefícios e malefícios da reposição hormonal e é preciso uma individualização no diagnóstico.
De forma geral, é indicado que o tratamento com hormônio seja iniciado nos primeiros dez anos a contar a partir da última menstruação da mulher. Quanto mais perto da menopausa, maiores os benefícios e menores os riscos associados à reposição de hormônios.
Dentro dessa “janela”, a THM pode, inclusive, ajudar na saúde cardiovascular.
Há circunstâncias, porém, em que a reposição hormonal na menopausa não deve ser prescrita. É o caso quando a paciente apresenta:
- Tumor que depende de estrogênios, como os de mama e endométrio;
- Histórico de tromboembolismo agudo ou tromboembolismo prévio;
- Sangramento vaginal, lesões do endométrio ou das mamas;
- Doenças do fígado, principalmente quando a THM é feita por via oral.
Deu para entender melhor como funciona a reposição hormonal na menopausa? De todo modo, essas informações podem ser um caminho para ajudar você a tomar uma decisão, mas esse tipo de tratamento só pode ser indicado por quem realmente conhece a sua saúde: o seu ginecologista.