Escape de Urina

Guia da incontinência urinária feminina

5 Nov, 2024
How To Be Prepared For Light Bladder Leaks (LBL) On A Vacation
Veja 7 dicas para fortalecer seus músculos e evitar os escapes de xixi. 
 
Você já passou pela situação em que espirrou e fez xixi ao mesmo tempo? Sabemos que isso pode ser bem desagradável, especialmente se estiver perto de outras pessoas. Se aconteceu uma vez, parece que está tudo certo. Mas se o caso vem se repetindo, é sinal de que está na hora de pensar nas possíveis causas, e a incontinência urinária feminina pode ser uma delas.  
 
A incontinência urinária não é normal, e afeta milhares de mulheres pelo Brasil, que geralmente demoram para procurar um tratamento médico. Por isso, te mostraremos aqui a importância desse assunto, principais causas, tratamentos e outras informações que te ajudarão a lidar melhor com esses escapes.  
 

O que é incontinência urinária? 

 
Segundo o Ministério da Saúde, a incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Estamos falando de um distúrbio que pode atingir todos os sexos e idades, mas acontece, principalmente, a partir da perimenopausa (primeira fase do climatério), em que há uma queda na produção dos hormônios. 
 
Na prática, as nossas estruturas musculares, que dão sustentação aos órgãos pélvicos, já são mais frágeis nas mulheres e tendem a ficar ainda mais sensíveis com o passar dos anos. Os músculos do assoalho pélvico são responsáveis por, entre outras coisas, evitar a perda urinária e, por isso, precisam ser fortalecidos com exercícios físicos específicos para a região. 
 

O que causa incontinência urinária? 

 
Além do enfraquecimento do assoalho pélvico, a incontinência urinária feminina também pode se apresentar diante dos seguintes cenários: 
 
Gravidez e parto; 
 
Tumores malignos e benignos; 
 
Doenças que comprimem a bexiga; 
 
Obesidade; 
 
Tosse crônica de fumantes; 
 
Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal; 
 
Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador. 
 

Incontinência urinária feminina 

 
Você percebeu que as chances de acontecer uma incontinência urinária é maior com as mulheres do que com os homens, principalmente por conta da produção hormonal e gestação.  
 
Existem vários tipos de incontinência, seja a de esforço, urgência, mista, transbordamento, funcional e até noturna. Cada uma age de uma forma diferente em nosso corpo. Mas todas elas têm algo em comum: acontecem porque a pelve feminina não está funcionando como deveria. 
 

Como a pelve feminina está envolvida no controle urinário 

 
Já falou que ama a sua pelve feminina hoje? Brincadeiras à parte, essa parte do corpo é muito importante para o nosso controle urinário, pois estamos falando de toda a estrutura do assoalho pélvico.  
 
Lembra daquele conjunto de músculos que falamos ali em cima? Além de deles, também temos tecidos e órgãos que são responsáveis por controlar a vontade de fazer xixi, contraindo tudo para segurar a urina e relaxando quando é o momento de liberá-la.  
 
Olha só o que a sua pelve feminina faz por você: 
 
Suporte à bexiga: o assoalho pélvico sustenta a bexiga, mantendo sua posição correta dentro da pelve. Quando os músculos estão enfraquecidos, a bexiga pode se deslocar, contribuindo para os escapes; 
 
Controle da uretra: já a uretra é o canal que libera a urina para fora do corpo, e é controlada pelos músculos do assoalho pélvico. A contração desses músculos impede o fluxo involuntário de urina, garantindo que você só faça xixi quando queira; 
 
Reabilitação pós-parto e menopausa: após o parto ou com a chegada da menopausa, muitas mulheres experimentam um enfraquecimento da pelve, o que pode levar a episódios de escape. Fortalecer os músculos da pelve é fundamental para recuperar o controle sobre a micção. 
 

Tratamentos para incontinência urinária 

 
“Como tratar a incontinência urinária feminina” provavelmente foi uma das primeiras perguntas que você se fez quando começou a ler este texto. Bom, existem diversos tratamentos hoje no mercado, que podem ser feitos com medicamentos, fisioterapia ou, em alguns casos, até mesmo intervenção cirúrgica. 
 
 Mulher demonstrando o exercício elevação pélvica com bola. Está deitada no chão, elevando o quadril, enquanto apoia os pés em uma bola de pilates.
 

Dicas para fortalecer os músculos pélvicos

 
Vamos a algumas dicas? O cuidado com os músculos pélvicos gira em torno de uma vida mais leve e saudável, tanto na alimentação, quanto nos exercícios. Veja o que pode ajudar:  
 
Exercícios do assoalho pélvico: esses exercícios, conhecidos como exercícios de Kegel, consistem em contrair e relaxar os músculos do assoalho pélvico para fortalecê-los. São ótimos para melhorar o controle urinário e ajudam a prevenir escapes durante atividades que aumentam a pressão abdominal, como tossir ou rir; 
 
Treinamento da bexiga: programe idas ao banheiro em intervalos regulares, o que vai ajudar a aumentar gradualmente a capacidade de reter a urina; 
 
Controle da ingestão de líquidos: reduzir o consumo de líquidos, especialmente à noite, além de evitar substâncias irritantes para a bexiga, como cafeína e álcool, pode minimizar os episódios de incontinência; 
 
Controle de peso: o excesso de peso pode aumentar a pressão sobre a bexiga, contribuindo para a incontinência. A perda de godura ajuda a reduzir esses sintomas; 
 
Tratamentos a laser: a tecnologia do laser ajuda a estimular a produção de colágeno, aumentando a força e a elasticidade da mucosa vaginal e da área da uretra; 
 
Cirurgias: em casos mais graves, em que alternativas não têm mais tanto resultado, é comum procedimentos cirúrgicos, com a colocação de telas para dar mais suporte a região, como também a fixação da bexiga;  
 
Cateteres e pessários vaginais: são dispositivos inseridos na região para prevenir o escape ou reter a urina na bexiga, também feitos com o acompanhamento médico. 
 
Ao perceber os primeiros sintomas da incontinência urinária, não hesite em se consultar com o seu médico. Nosso corpo vai mudando ao longo da vida e cada fase apresenta seus prazeres e desafios.  
 
Só um profissional indicar o tratamento certo para o seu caso e, embora comum na vida de mulheres a partir dos 50 anos, pode ser contornada. Com o tratamento adequado, a qualidade de vida irá ter uma grande melhora!