Mulher no mercado de trabalho: etarismo afeta a carreira e autoestima
89,6 milhões. Este é o número de mulheres com 14 anos ou mais, no Brasil, em 2022, segundo o IBGE. Desse total, 47,9 milhões fazem parte da força de trabalho. Por mais promissor que possa parecer esse cenário da mulher no mercado de trabalho, a verdade é que há injustiças relacionadas ao gênero e, especialmente, quando falamos sobre mulheres a partir dos 45 anos que querem se manter ativas profissionalmente. E é sobre isso que vamos conversar neste artigo.
A mulher no mercado de trabalho
Mas, veja só! Um estudo de Wharton, a escola de negócios da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, publicado em 2018, indica que está “nas mãos das mulheres 50+ o segredo para impulsionar a economia dos Estados Unidos nas próximas décadas”.
Aquelas que se encontram entre os 55 e os 64 anos de idade ganham destaque nesse estudo. Elas se encontram na chamada "geração-sanduíche" - trabalham, têm filhos dependentes e começam a sentir a demanda para dar suporte aos pais -, e são as que estariam prontas para assumir ou manter um emprego que lhes desse prazer. A condição
seria a oferta de contratos de jornada de trabalho mais flexíveis. Você se identifica com esse cenário?
Como combater o etarismo no trabalho
- Conscientização: o etarismo é um tema que sequer é muito discutido na sociedade, e o primeiro passo para quebrar qualquer tabu é criar diálogo sobre ele.
- Políticas de inclusão: o etarismo é uma questão de exclusão social e, por isso, é importante que sejam elaboradas políticas públicas que incentivem a contratação de mulheres a partir dos 45 anos, assim como a inserção desse público em faculdades.
- Flexibilidade: estamos falando de mulheres que já criaram seus filhos e se sentem prontas para voltar – ou permanecer – no mercado de trabalho. Mas não a qualquer custo. Também buscamos qualidade de vida e tempo para desfrutar e administrar a jornada pessoal.
- Condições adequadas: outras ações devem ser inseridas nas empresas que estão comprometidas com a responsabilidade social, como: promoção de trabalho, valorização dos funcionários, linguagem inclusiva, premiação por tempo de trabalho, entre outros pontos.
Como vimos, o combate ao etarismo é uma pauta em que todos ganham e é papel da sociedade reconhecer que, cada vez mais, com o aumento da expectativa de vida, pessoas 50+ estão ativas e atualizadas, acrescentando muito valor ao mercado de trabalho.