Qualidade de Vida

Empoderamento feminino após os 45 anos: um caminho para o bem-estar

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“Eu sinto prazer de ser quem eu sou, de estar onde estou”. Essa frase da Rita Lee, entre tantas outras escritas pela Rainha do Rock, mostra o empoderamento feminino no seu estado mais puro: o de se sentir bem consigo mesma.

Nada mais empoderador do que se amar, em uma sociedade que, como sabemos, enriquece em cima da insatisfação feminina consigo mesma.

De forma geral, desde novas somos doutrinadas a nos compararmos umas com as outras. Mas, na contramão disso, cada vez mais reconhecemos a beleza e força que carregamos. E isso vale para todas as idades!

Em seu discurso ao ganhar o Oscar 2023 de melhor atriz, Michelle Yeoh, de 60 anos, levantou a bandeira do antietarismo (o combate ao preconceito relacionado à idade) e, com ela, um debate mais amplo sobre envelhecimento e visibilidade feminina em diferentes fases da vida.

É uma discussão que ultrapassa o mundo do entretenimento e vem ganhando o universo corporativo (e toda a sociedade).

Empoderamento feminino após 45 anos

Ao ganhar o Oscar de melhor atriz, Michelle Yeoh disse: “Ladies, não deixem ninguém dizer que vocês já passaram do seu auge. Não desistam.”

Essa foi uma necessária afirmação do empoderamento feminino após a menopausa. As mulheres que estão passando ou já passaram pelo climatério , comumente, se deparam com um sentimento negativista ao encararem as mudanças hormonais e físicas que o encerramento do período reprodutivo traz. E, diante disso, veem suas autoestimas reduzidas, o que também afeta a qualidade de vida.

Considerando que, com o aumento da perspectiva de vida, o período pós menopausa passa a ser um terço da vida das mulheres, não dá mais para considerar que o climatério simboliza o “início do fim”, concorda? Vamos encarar como uma fase de mais liberdade e, por que não, empoderamento feminino!

O que é empoderamento feminino

O empoderamento feminino é um movimento político, social e filosófico, que tem como pilar promover a força da mulher. Até mais do que isso, é um movimento para debater e lutar pela igualdade de gêneros em todas as esferas da sociedade.

Segundo a ONU, empoderar as mulheres para que participem integralmente de todos os setores e níveis de atividade econômica é essencial para:

  • Construir economias fortes;
  • Estabelecer sociedades mais estáveis e justas;
  • Atingir os objetivos de desenvolvimento, sustentabilidade e direitos humanos internacionalmente reconhecidos;
  • Melhorar a qualidade de vida para as mulheres, homens, famílias e comunidades; e
  • Impulsionar as operações e as metas dos negócios.

A mulher empoderada ao longo da história

Nos últimos dois séculos, foram muitos os avanços conquistados pelas mulheres. Sabemos que ainda é longo o caminho a ser percorrido para alcançar, de fato, a igualdade de gênero. Mas, por ora, vamos celebrar algumas das conquistas que tivemos no Brasil e que beneficiam mulheres de todas as idades:

  • 1827: meninas são liberadas para frequentarem a escola e estudarem além da escola primária.
  • 1852: é criado o primeiro jornal editado e direcionado para as mulheres, o Jornal das Senhoras.
  • 1879: mulheres conquistam o direito ao acesso às faculdades.
  • 1910: é criado o primeiro partido político feminino, o Partido Republicano Feminino.
  • 1932: mulheres conquistam o direito ao voto.
  • 1962: é criado o Estatuto da Mulher Casada, em que passou a ser permitido que mulheres casadas não precisem mais da autorização do marido para trabalhar. Também deu direito à herança e à chance de pedir a guarda dos filhos em casos de separação.
  • 1977: é aprovada a Lei do Divórcio.
  • 1979: é conquistado o direito à prática do futebol.
  • 1988: acontece o primeiro encontro nacional de mulheres negras, com 450 mulheres debatendo questões do feminismo negro.
  • 2006: é sancionada a Lei Maria da Penha, que combate à violência contra a mulher.
  • 2015: é sancionada a Lei do Feminicídio.
  • 2018: importunação sexual feminina passa a ser considerada crime.

Com união entre as mulheres e o pensamento de que nunca é tarde para lutar por direitos e conquistar uma vida mais livre e com equidade, vamos longe!